segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Protocolo segunda aula - 02/08/2011

Atividades:

a) 
Instalação (apresentação):
Ao chegar no Macu me alegrei ao ver uma notificação deixada pelo prof. Felipe na porta de entrada da classe... são as pequenas atitudes do dia-a-dia que nos mostram quem realmente somos. E após passar por um semestre extremamente conturbado e estressante fico com boas expectativas em relação à esta nova experiência de montagem. Afinal, todos somos Mestres e Aprendizes durante a vida, e saber ter e demonstrar humildade neste ponto é essencial para um convívio saudável e harmonioso.

Instalação

A instalação é um fazer artístico dos mais relevantes no panorama das artes no século XX e início do XXI.

Como boa parte da produção artística contemporânea a instalação não permite rotulação única, por seu princípio experimental.

O conceito, a intenção do artista ao formular seu trabalho é em grande parte a essência da própria obra, na medida em que a instalação emerge no contexto da Arte Conceitual.

A instalação, enquanto poética artística permite uma grande possibilidade de suportes, a gama variada de possibilidades, em sua realização pode integrar recursos de multimeios, por exemplo, videoarte, caracterizando-se em uma videoinstalação. Esta abertura de formatos e meios faz com que esta modalidade se situe de forma totalmente confortável na produção artística contemporânea, já que a Arte Contemporânea tem como característica o questionamento do próprio espaço e do tempo.

A obra contemporânea é volátil, efêmera, absorve e constrói o espaço a sua volta, ao mesmo tempo, que o desconstrói. A desconstrução de espaços, de conceitos e idéias está dentro da práxis artística da qual a instalação se apropria para se afirmar enquanto obra.

Essencialmente é a construção de uma verdade espacial em lugar e tempo determinado. É passageira, é presença efêmera que se materializa de forma definitiva apenas na memória. O sentido de tempo, no caso da fruição estética da instalação é o não-tempo, onde esta fruição se dá de forma imediata ao aprecias a obra in loco, mas permanece em sua fruição plena como recordação. Essa questão do tempo é crucial na instalação, fazendo com que a mesma seja um espelho de seu próprio tempo, questionando assim o homem desse tempo e sua interação com a própria obra. Nesta condição pode-se indicar algumas características próprias das instalações da década de 70.

A transmutação do Objeto em instalação, ou melhor o caminho percorrido pelo Objeto Artístico até a instalação tem exemplos precursores com Duchamp e os ambientes surrealistas. Na década de 70 os artistas passaram a questionar os suportes tradicionais da arte e fazer trabalhos que mais tarde ficaram conhecidos como instalações, por exemplo, a Arte Ambiental de Hélio Oiticica. Estes trabalhos tinham em comum a apropriação de espaços e o questionamento da arte em suas modalidades convencionais, pintura e escultura, apoiando-se na Arte Conceitual e nos meios anartísticos. A permanência da instalação é um fenômeno destacável na Arte Contemporânea, sendo uma das mais importantes tendências atuais. A instalação, na Contemporaneidade tornou-se mais complexa e multimidial, enfatizando a espetacularidade e a interatividade com o público. As combinações com várias linguagens como vídeos, filmes, esculturas, performances, computação gráfica e o universo virtual, fazem com que o público se surpreenda e participe da obra de forma mais ativa, pois ele é o objeto último da própria pbra, sem a presença do qual a mesma não existiria em sua plenitude. Esta participação ativa em relação à obra faz com que a fruição da mesma se dê de forma plena e arrebatadora, o que em muitos casos pode até mesmo tornar esta experiência incômoda e perturbadora. A necessidade de mexer com os sentidos do público, de instigá-lo, quase obrigá-lo, a experimentar sensações, sejam agradáveis ou incômodas, faz da instalação um espelho de nosso tempo. Pode-se dizer de fato que a instalação é uma obra espocal, a qual só faz sentido se vista e analisada em seu tempo-espaço.









b) Instalação (anotações e reflexões):
construção x desconstrução
efêmero
interação
questionamento

"Não é o desafio que define quem somos nem o que somos capazes de ser, mas como enfrentamos esse desafio: podemos incendiar as ruínas ou construir, através delas e passo a passo um caminho que nos leve à liberdade. (Richard Bach)"

  • 2 fatores principais para avaliação:
    • como o grupo materializou as idéias?
    • como surpreendeu o espectador
  • algumas 'provocações' para nos levar à reflexão:
    • gera-se valor pela imagem hoje em dia
      • a felicidade pode de fato ser registrada?
      • os mitos contemporâneos hoje se dão pela imagem e não mais pela literatura
      • o artista é um ser eminentemente crítico, e assim sendo devemos nos manter imparciais
      • o 'encontro' é sempre um abraço?
      • o 'prazer' é sempre o toque?
        • será que não temos poder de escolha?
        • eu quero um abraço? posso estar precisando de outra coisa.
      • o 'sonho' não estava na cadeira, estava lá embaixo, no chão 
        • ele está no futuro ou no passado?
        • quando criança, sonhamos com o futuro, em crescer
        • quando adultos, sonhamos com o passado, quando éramos crianças
      • como um ator pode SER outras pessoas se nem ao menos ele SE CONHECE? O auto-conhecimento é essencial ao ator.
        • o material de Stanislavski não é um 'sistema' mas sim uma filosofia, um estímulo ao estudo e ao auto-conhecimento.
        • como posso SER OUTRO se não consigo SER EU MESMO?
      • no teatro, muitas vezes mostramos o que 'achamos' que as pessoas querem ver, é muita ousadia... e por isso que cada apresentação deve ser ÚNICA.

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