terça-feira, 30 de agosto de 2011

Agosto: o primeiro encontro

Bom pessoal, o primeiro mês já foi e na semana passada paramos para avaliar as experiências vividas e as expectativas, não só em relação à montagem, mas também à vivência e prática em grupo. Vou relatar aqui o que foi dito em sala e levarei um pouquinho adiante a discussão quando julgar fortuíto.
Começo então destacando aquilo que esteve presente na fala de quase todos que é o nascimento de uma nova consciência e comprometimento com a prática. As propostas de atividades que vão desde a "caminhada-aquecimento" até o pular corda e passar o bastão, por mais simples que possam parecer, são sintômaticas da interação do grupo e vêm adquirindo mais ritmo e coesão a cada aula, além de conferir uma maior percepção do outro. A prova dessa nova consciência vêm, portanto, tanto na maior atenção e concentração dirigidas aos trabalhos propostos, quanto na fala de algumas pessoas que se disseram confiantes e com expectitavas mais alargadas de crescimento profissional para esse semestre.
No entanto, mesmo que esse avanço seja incontestável, não deixaram de surgir preocupações. Uma delas foi a necessidade de transpor esse comprometimento para outras áreas da montagem e fazer com que ele, ao invés de se caracterizar como euforia inicial, se perpetue como mudança comportamental do grupo. Isto é, há de fato por parte de várias pessoas (e espero que de todos) um interesse que música, figurino, cenário e até coisas mais simples, mas não menos importantes como o pagamento da caixinha sejam levadas com a mesma seriedade com a que vem sendo as aulas. Façamos isso acontecer!
Por outro lado, em muito se falou do processo anterior, traumático e divertido sob diversos aspectos, mas prefiro não desdobrar aqui essa temática a não ser para pedir que enterremos nossos mortos. Vamos em frente que Shakespeare nos renderá novos traumas para enterrarmos depois! Por hora vamos nos ocupar em potencializar essa relação tão bacana e trabalhosa do "eu" com o "grupo", em estender os limites da nossa comunicação, em encontrar um ao outro. Assim, quem sabe no fim, em uma das apresentações, viveremos um verdadeiro encontro com a platéia.

Um comentário:

  1. Querida, um outro dado muito bem apresentado por você - fruto do mês em questão - é o fato de para além da cena, crescermos nossas responsabilidades com os serviços do teatro (luz, som, caixinha, figurinos e cenário). Quanto ao enterrar nossos mortos acho um ideia bem produtiva artisticamente falando. E, sem perceber, vamos abrindo mais uma cova para o próximo defunto. Bem avaliado!

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